terça-feira, 26 de junho de 2007

Eu

Olho para mim e não me reconheço.
Já fui muito diferente.
Já ri mais. Já sorri muito mais. Já fui romântica e dedicada. Já planeei as surpresas e festas com tempo e dedicação. Em tempos fui filha, neta, irmã, prima e amiga.
Não sei o resta de mim desse tempo.
Não sei se foi a vida que me levou o que eu tinha de melhor. Ou se com o tempo me tornei mais amarga.
Perco imenso tempo ultimamente a pensar nisto. Em mim. No que mudou. Porque mudou.
Choro não sei se por medo do que ainda mais possa estar para vir, se pela raiva de não conseguir ser novamente eu.
De me ter tornado mais azeda. Mais revoltada. Menos meiga.
De um sonho concretizado se ter tornado num pesadelo vivido todos os dias.
De não conseguir controlar as emoções, a razão, a vida.
De ser mais amarga. Menos eu.

7 comentários:

Lúcia disse...

é mal geral... escrevi um post ha dias sobre o facto de ser menos eu e de não gostar de estar assim... beijinhos, isto passa ( ou n ) :)

Xana disse...

É realmente geral, também me sinto menos eu. Infelizmente o tempo e tudo o que se vai passando na nossa vida, vai-nos tirando a leveza que tínhamos quando não tínhamos obrigações e quando falo em obrigações falo de tudo (trabalho, estudos, família). Tínhamos uma leveza e uma falta de compromissos com tudo que nos deixava assim... mais leves, menos compromissadas com tudo. É inevitável mudarmos, infelizmente mudamos certas vertentes para pior, mas a vida continua e se Deus quizer com muito tempo pela frente. Dentro daquilo que é possível mudar, está nas nossas mãos tentar fazê-lo. Se há coisas que mudaram para pior, talvez também possamos dar uma ginada nas nossas vidas para o caminho que achamos mais feliz. Mas Às vezes também não é possível mudar as coisas e cabe-nos tentar viver o melhor possível com essa limitação. Nem sempre é fácil, mas a vida também não é perfeita. Podemos é tentar ter o maior número de momentos felizes possíveis.
Eu sei do que é que estás a falar, mas nem tudo é mau na vida. Infelizmente há coisas que nos são tiradas sem que nada possamos fazer. Talvez o melhor a fazer é tentarem ser o mais feliz possível, porque lá em cima há pessoas a olharem por ti e que vão ficar muito felizes se tu o fores. Quanto ao outro assunto, rezo para ser uma questão de tempo para que tudo se resolva. A vida não é sempre cinzenta. E voçês merecem um momento de calmaria, há-de chegar!

Beijinhos e um abraço forte

Pat disse...

Hei!! Não penses mais nisso, pensa nesse "azedo" como uma fase menos boa, talvez exijas demais de ti, não? Não é a vida assim? Uns momentos melhores, outros menos bons. No final faz tudo parte da nossa evolução como mulheres/homens. Sabes, o que importa é que acordemos todos os dias, importa a saúde, o resto vem por acréscimo.
Eu também passo/estou espero eu a deixar esta fase em que estás, decidi que queria viver os dias bons e os dias menos bons, e que iria ser tudo na mesma, mulher, mãe, amiga, trabalhadora, estudante, mas sem exijir demais de mim, não me desmazelando, mas também não pondo a fasquia a 100%.

Desculpa o testamento.

beijinho

titinha disse...

olá Patrícia!
obrigada pela nova morada!
Quando ao estado de espirito, não fiques triste porque o mal é geral, os sorrisos e as alegrias de outrora vão desaparecendo, mas descansa que dão lugar a outro tipo de sentimentos e emoções que apesar de menos entusiastas são muito mais maduros e a esses sabemos dar o devido valor!
beijinhos Ana Patrícia

Rita disse...

obrigada por me teres enviado a vossa nova morada...
pensa que todos mudamos, para pior ou para melhor, so o tempo o dirá...
bjs...

ps: para quando um post do papá Pedro??

Unknown disse...

Já chegueeeeeeeeeeeeeeeeeei! ('brigada!)
Em relação ao que escreveste, identifico-me em muita coisa...
Mas szorri, linda, vais ver que os teus medos são infundados e continuas a ser tu :)
A vida já não é como era, nem as pessoas; todos mudamos um bocadinho, é inevitável, mas não penses nisso pelo lado menos positivo ;)
Beijocas

CLS disse...

Acho q todos passamos por momentos destes em alguma altura da vida. As vivências que passamos mudam sempre alguma coisa em nós, nada a fazer qto a isso. O q podemos fazer é não deixar que essa dita amargura se instale de vez, espantá-la com as coisas doces da vida. E tu tens duas coisas doces, filha e marido, que são bem capazes de o fazer, certo?
Um beijinho e ânimo!