domingo, 18 de novembro de 2007

2ª viagem







POSITIVO !

De volta à casa de férias

Voltei. Esta "casa de férias", vai ser servir de "abrigo" durante um tempo. Espero que para aí umas 5 ou 6 semanas. Até me sentir mais "segura" para contar ao mundo a felicidade que sinto neste momento.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Desta nossa casa de férias

Acabaram "as férias" por estas bandas. Esta casa estará "encerrada" até novas férias ou quem sabe até algum fim de semana mais atribulado. O motivo que me fez "construir" esta casa ainda existe. Mas já não merece respeito. É apenas um farrapo de gente, que já nem capacidade mental tem para distrinçar o bem do mal.
Assim, regressamos à nossa casinha, embora esta tenha apenas a porta fechada. Não trancada. Obrigada por terem passado por cá. Gostámos muito de vos receber. Voltaremos aqui numas próximas férias. Estamos em vouserpaiyeahhh.blogspot.com

Demasiado calada

Tenho andado demasiado calada. Das diabraduras da minha menina. Dos meus dias conturbados. Das minhas vontades. Dos nossos dias.
Dia 5 de Julho mudou a minha vida. Digo-o com alguma "vergonha" da minha fraqueza. Mas porque este diário não tem só que retratar grandes feitos, mas sim as nossas vidas, aqui estou eu a escrever mais uma página. Para que um dia mais tarde os meus filhos possam ler, sorrir, julgar ou até repudiar.
Há muito que o corpo reclamava o meu estilo de vida. Estranhas reacções, sinais e sintomas que poderiam querer dizer muito ou dizer nada. Fui analisando e fazendo o diagnóstico. Fui aliviando "as dores e as crises" como podia. Naquele dia a crise foi demasiado forte e eu estava sozinha e sinceramente pensei que não voltaria a ver a minha filha. Reagi com a adrenalina toda que tinha, como presa a fugir do predador. Ponderei e pedi ajuda. Àquele a quem tanto confio. E chorei. Chorei como uma criança. Tremi como nunca havia feito. E ouvi.
Ouvi que realmente é possível trabalhar muitas vezes 12 horas por dia durante 6 dias por semana há 6 anos, mas não a fazer o meu trabalho. Ouvi que realmente é possível estudar ao mesmo tempo que trabalhamos mas não, num mestrado e numa pós graduação destas. Ouvi que realmente é possível fazer mil kilómetros para trabalhar e estudar, mas não todas as semanas durante estes anos. Ouvi que infelizmente tenho uma família atípica que precisa muito de mim. Que sou casada e tenho uma filha a crescer. Que se não "preciso" de mimo, pelo menos devo ter disponibilidade para o dar. Que tenho amigos. Que adoro desporto, ler, viajar e neste momento não tenho nada disso. Ouvi, aquilo que sempre soube: que não posso perder a minha família. E que também tenho que fazer por isso. Porque um dia, toda a gente se cansa.
Caí em mim. Percebi que sobrevivo. Que o meu cérebro nunca pára. Já não sei ver televisão. Já não sei estar parada. Já não consigo simplesmente estar. Contemplar. Abraçar. Aquilo que sempre me deu tanto prazer.
Com uma pequena ajuda, estou a repensar a minha vida. A somar prós e contras. Com muitas dúvidas. Com muitos medos. Essencialmente com a sensação de derrota por falhar. E eu nunca me orgulho de falhar. Estou a levantar-me aos poucos desta "queda" e a tentar dar o meu melhor aos meus. A fazer mais feliz para ser mais feliz.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Difícil

O que é estranho nestas fases em que nos sentimos piores é pensar que já passámos períodos mais conturbados e aguentámos tudo. Será o efeito cumulativo?

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Da saúde

Consegui pela primeira vez na vida fazer duas embalagens seguidas de uma medicação sem me esquecer (para quem nunca toma nada, isto é uma vitória). Esperemos que o dito tenha desaparecido ou pelo menos não tenha aumentado de tamanho. Dia 16 já saberei.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Da vida

Há dias demasiado cinzentos. Há problemas que não nos deixam saídas. Por mais voltas que se dê. E quando toda a nossa vida gira em volta disso, e a solução está longe ou até mesmo invisível, caímos.
É difícil admitir quando tenho um problema. Aguento sempre mais. O meu limite nunca é um verdadeiro limite. E neste momento tenho um verdadeiro problema. Foram precisas muitas noites mal dormidas, muitas tentativas de minorar, muitos "olhos cegos e orelhas moucas" até aceitar que isto não pode continuar assim. Muitas vezes o corpo denunciou aquilo que a cabeça não queria admitir. Sem aguentar mais, cedi. Rendi-me ao mais óbvio e básico. Contra todos os meus princípios. E já me arrependi tanto. Pelo cansaço sobrenatural, pelas lágrimas em catadupa, pela falta de luz ao fundo do túnel.
Ontem foi diferente. "Ouviste" o pedido de ajuda do meu corpo e lavaste-me a alma. Disseste-me aquilo em que acredito e o que nem tão pouco conseguia imaginar. Mas fizeste-me ver que existe solução. Que posso mudar. Que podemos superar isto. Que a vida é muito mais. Que vale a pena. Falaste comigo como nunca o tinhas feito. No momento certo. Com as palavras certas. Deste-me colo. Aninhaste-me. Sobretudo descansaste-me.
Porque hoje é outro dia, não necessariamente melhor. Mas com outra esperança. Com outra forma de ver as coisas. Gritaste por mim. Puxaste-me. E já estava tão farta de ver aquele fundo, olhar para cima e a luz ser tão ténue.
Amo-te. Mais do que todos os dias te consigo mostrar. E é por isso que todos os dias agradeço por naquele momento nos termos cruzado. A minha vida sempre soube que precisava de ti.